"O entressentir-se entre as pessoas, vem de regra com exageros, erro, e retardo."
Guimarães Rosa
sábado, 24 de outubro de 2009
Azul
Azul que me surpreende agora
Trazendo um perfume doce de aurora
Azul que profana meu delírio neste instante
Tornando meu corpo do teu distante
Azul que se revela na brisa deste momento
Levando toda a certeza de um pensamento
Azul que insiste em dilatar o presente
Marcando penitências de um coração que sente
Azul que me estanca no quê de um segundo
Liberando sonhos que não são deste mundo
Azul que me leva em deleite ao desafio
Deslizando lágrimas a correr como rio
Rita
Trazendo um perfume doce de aurora
Azul que profana meu delírio neste instante
Tornando meu corpo do teu distante
Azul que se revela na brisa deste momento
Levando toda a certeza de um pensamento
Azul que insiste em dilatar o presente
Marcando penitências de um coração que sente
Azul que me estanca no quê de um segundo
Liberando sonhos que não são deste mundo
Azul que me leva em deleite ao desafio
Deslizando lágrimas a correr como rio
Rita
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
ciranda
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
João Cabral de Melo Neto
O artista inconfessável
Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre o fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.
Mas não, fazer para esquecer
que é inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
que ele é inútil, e bem sabendo
que é inútil e que seu sentido
não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil
do que não fazer, e dificil-
mente se poderá dizer
com mais desdém, ou então dizer
mais direto ao leitor Ninguém
que o feito o foi para ninguém.
video/sobre/joão/cabral
Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre o fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.
Mas não, fazer para esquecer
que é inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
que ele é inútil, e bem sabendo
que é inútil e que seu sentido
não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil
do que não fazer, e dificil-
mente se poderá dizer
com mais desdém, ou então dizer
mais direto ao leitor Ninguém
que o feito o foi para ninguém.
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