sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"O movimento que nasce da serenidade traz harmonia"
Frase de Maria Lúcia Lee, mestre em Práticas Corporais Chinesas.
Publicada no blog 
http://diariodepraticascorporais.wordpress.com/

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Brasília

A paisagem corre diante dos olhos.
Tudo se risca, se estica, se vai.
Dentro do carro, na rua, na avenida de Brasília.
Árvores aqui e ali plantadas.
Gramado extenso.
Amarelado.
Não árvores nos largos concretos calçados.
Cadê os caminhos de andar o corpo?

Rita
Passarinho fez um ninho na árvore de fronte à minha casa.
Escolheu um galho bem arranjado na copa da pitangueira.
A passarinha-mãe permaneceu dentro do ninho, em cima dos ovos, por muitos dias.
Inabalável sua atenção e cuidado.
A pitangueira, neste tempo, cobriu-se de flores.
Os frutos vieram e os ovos eclodiram.
E tudo nasceu.
A fome e os frutos.
Os passarinhos abriram seus bicos tão logo nasceram.
Duas bocas-bicos abertas-abertos em direção ao céu.
É de lá que chega a passarinha-mãe trazendo o alimento para os passarinhos-filhotes.
E a árvore-pitangueira regozija-se e se oferece a este singelo movimento da natureza.
Rita

domingo, 16 de outubro de 2011




Tudo em mim se represa.
Acumula-se o tudo em mim.
Sonho ser um jorro
e fluir qual água despejada,
jogada no fora de si,
lançada sobre um veio,
num passeio que corre
sem fim...

Rita
Quanto ao equilíbrio, 
vamos ver.
Que consciência é essa que te tolhe e 
te impulsiona à beira do abismo?
O que te desequilibra?
Sem o desequilíbrio é impossível dançar.
E dançar faz parte da vida de quem vive de verdade.
Não dá pra estagnar.
Pode-se dizer que dançamos conforme a música.
Venho aqui e digo: quero a melhor dança.
Nem que  música não soe assim tão bem.
(Lembro agora da dança Butoh).

Hoje acordei pensando nas brechas.
É por aí que quero passar.

Rita
Em nome do amor


Em nome do amor
nos refletimos nos olhos
um do outro
e encantados ficamos.

Em nome do amor
nos tocamos:
mãos, braços, lábios,
hálito, corpo e alma.

Em nome do amor
dançamos em cópula
como fazem as flores
quando estão em êxtase.

Em nome do amor
nos unimos
e geramos frutos,
os frutos do amor.

Em nome do amor
cuidamos de tudo,
como os heróis no front
ansiando pela vitória.

Em nome do amor
estabelecemos estratégias,
nem sempre compartilhadas.

Mas tudo é feito em nome do amor.

Ao contar nossas perdas,
apontamos os culpados.
Não se permite a derrota.

Em nome do amor
estabelecemos a sentença
e brindamos com uma taça
cheia de amargor.

Em nome do amor
nos banimos mutuamente
criando um deserto
de solidão e dor.

Tudo, em nome do amor.


Rita