quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


Plenos como a lua.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011







Se algo incomoda o seu olhar, 
olhe pra formiga ou,
se incomoda seus ouvidos, 
escute o assovio do vento. 
Se incomoda seu nariz, 
faça um bigode debaixo dele com a ponta do cabelo,
ou com o dorso do dedo.
Se comer alguma coisa amarga, 
uma coca-cola resolve. 
E por fim, 
se caso sua mão tocar o intocável, 
assopra que tudo ficará mais suave.

É isso por hoje.


Rita B. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011


saí do lugar

cheguei lá

invadi tua vida

troquei tudo de lugar

depois desisti, cansei

dexei tudo pra trás

voltei àquele lugar

que já não é mais o mesmo


Rita

quinta-feira, 17 de novembro de 2011


                             
        Solte o sol!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011




               IR 
TURN     ON    OFF
               IA


meu amigo poeta
tem uma biblioteca
que se estende
em estantes
sobrepostas
nas encostas
de um universo
de mil versos

rita

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"O movimento que nasce da serenidade traz harmonia"
Frase de Maria Lúcia Lee, mestre em Práticas Corporais Chinesas.
Publicada no blog 
http://diariodepraticascorporais.wordpress.com/

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Brasília

A paisagem corre diante dos olhos.
Tudo se risca, se estica, se vai.
Dentro do carro, na rua, na avenida de Brasília.
Árvores aqui e ali plantadas.
Gramado extenso.
Amarelado.
Não árvores nos largos concretos calçados.
Cadê os caminhos de andar o corpo?

Rita
Passarinho fez um ninho na árvore de fronte à minha casa.
Escolheu um galho bem arranjado na copa da pitangueira.
A passarinha-mãe permaneceu dentro do ninho, em cima dos ovos, por muitos dias.
Inabalável sua atenção e cuidado.
A pitangueira, neste tempo, cobriu-se de flores.
Os frutos vieram e os ovos eclodiram.
E tudo nasceu.
A fome e os frutos.
Os passarinhos abriram seus bicos tão logo nasceram.
Duas bocas-bicos abertas-abertos em direção ao céu.
É de lá que chega a passarinha-mãe trazendo o alimento para os passarinhos-filhotes.
E a árvore-pitangueira regozija-se e se oferece a este singelo movimento da natureza.
Rita

domingo, 16 de outubro de 2011




Tudo em mim se represa.
Acumula-se o tudo em mim.
Sonho ser um jorro
e fluir qual água despejada,
jogada no fora de si,
lançada sobre um veio,
num passeio que corre
sem fim...

Rita
Quanto ao equilíbrio, 
vamos ver.
Que consciência é essa que te tolhe e 
te impulsiona à beira do abismo?
O que te desequilibra?
Sem o desequilíbrio é impossível dançar.
E dançar faz parte da vida de quem vive de verdade.
Não dá pra estagnar.
Pode-se dizer que dançamos conforme a música.
Venho aqui e digo: quero a melhor dança.
Nem que  música não soe assim tão bem.
(Lembro agora da dança Butoh).

Hoje acordei pensando nas brechas.
É por aí que quero passar.

Rita
Em nome do amor


Em nome do amor
nos refletimos nos olhos
um do outro
e encantados ficamos.

Em nome do amor
nos tocamos:
mãos, braços, lábios,
hálito, corpo e alma.

Em nome do amor
dançamos em cópula
como fazem as flores
quando estão em êxtase.

Em nome do amor
nos unimos
e geramos frutos,
os frutos do amor.

Em nome do amor
cuidamos de tudo,
como os heróis no front
ansiando pela vitória.

Em nome do amor
estabelecemos estratégias,
nem sempre compartilhadas.

Mas tudo é feito em nome do amor.

Ao contar nossas perdas,
apontamos os culpados.
Não se permite a derrota.

Em nome do amor
estabelecemos a sentença
e brindamos com uma taça
cheia de amargor.

Em nome do amor
nos banimos mutuamente
criando um deserto
de solidão e dor.

Tudo, em nome do amor.


Rita

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

                                                
             P R I M A V E R A!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Sopra a tarde em meus ouvidos.

Lá fora o sol se larga.

A magnitude do astro impera

neste gesto intenso

de quem se estende

e entende dessa coisa

de se deixar levar.

Até daqui a pouco.

Rita

segunda-feira, 22 de agosto de 2011


Eram incontáveis
as flores que caíam
como chuva
cor de rosa.

Rosa, rosa, reza, rosa.

Sentei-me embaixo
da árvore que chovia
por capricho de pássaros
que brincavam na copa.

A copa da árvore tão plena de flores tão rosa.

E tudo isso era tão lindo
e tão... rosa.

Tão macia era a chuva de tantas flores
de uma árvore cor de rosa.
Tapete de flores para um príncipe passar.


No meio das flores caídas
uma formiga caminhava carregando
como Hércules uma flor.


Apenas uma flor entre mil.


Rita
Ago/2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011


O aqui agora é o lugar nenhum.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Triste

Porque sou

Triste

Porque vou

Triste

Porque arrisco

Triste

Pelo confisco

Das garras


Rita

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

uma mágoa sem fim
instalou-se aqui dentro
em algum lugar
não sei onde

escuto
seu tremor
fervilhar

quisera encontrar
meios para cavar
uma saída
para aquilo que está
represado

e que me mata
aos poucos

Rita