sexta-feira, 24 de outubro de 2008

veio à tona, nas entrelinhas


Nas entrelinhas

Aos homens tenho escutado.
E já não creio possuir mais a genuína forma feminina.
Minha armadura foi soldada
Pela voz de pensamentos insanos
e medrosos de um mundo roto.

O tecido é justo.
Arfante é o respirar.
Procuro ar.

Trancaram as portas com todas as voltas da chave.
Vieram outros e tamparam as frestas.

Os sons ritmados
que geladeira,
que relógio,
que máquina,
que zumbe(i).

Todos os vazamentos foram interrompidos devido à devida atitude diante ao desperdício e principalmente diante de toda a possibilidade de despesas desnecessárias, calculadas numericamente a cada passo ousado.
Tudo está sendo resolvido e ordenado diante a razoabilidade métrica de alguns...

Já não ardo, apenas aguardo a faísca que risca esta isca.
Caçar o quê? Ser caçado por quê?
Não cruzo armadilha,
nem armo o bote,
só vejo o pulo de um gato.

Antes de tudo a mente.
Agora de tudo um desejo.
Depois de tudo a vida.

Se porventura,
as máscaras se descolarem,
se o meu “meu” se clarear,
não se fala mais nisso,
surgirá a equação primeira.

Singela delicadeza.

Adeus dor revelada!
Vou te guardar no vão da escada.
Que seja erguido mais
um degrau da imensa espiral.

Axé

Um comentário:

Anônimo disse...

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