quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fernando Pessoa


Este poema de Fernando Pessoa me acompanha e me inspira há muito tempo. É como se fosse uma oração. E eu não me canso em repetí-lo.

Uns com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem; outros fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se

Por que tão longe ir por o que está perto –
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este é o momento, isto
É o que somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.

Fernando Pessoa

Um comentário:

Anônimo disse...

Gosto mto desse poema !